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Trilha às Torres del Paine: 5º dia do Circuito W

Trilha realizada no dia 08/12/2010

Último dia de trilha no Parque Nacional Torres del Paine, a subida ao Mirante Las Torres é o momento mais aguardado por todos que visitam essa Reserva Mundial da Biosfera que se encontra na Patagônia Chilena.

Símbolo maior e responsável pelo nome dado ao Parque, as Torres del Paine são grandes blocos de granitos formados pela força do gelo glacial e a melhor vista dessas montanhas se obtém ao fim da trilha que leva a seu mirante que se encontra a quase 1000 metros de altitude.

Parte 1: Refúgio Torres ao Chileno

A primeira etapa da trilha possui 2 dificuldades principais: o grande desnível que se deve vencer no começo e o forte vento presente em determinados pontos da trilha.

Como mostra a foto abaixo com a placa indicativa da trilha, boa parte da distância percorrida no começo será numa subida, na qual em pouco mais de 1 hora de caminhada se avançará mais de 500 metros de altitude.

Placa indicando percurso durante a trilha

Após superar esse desafio inicial, ao mesmo tempo que o caminhante ficará deslumbrando com as vistas do Vale do Rio Ascencio, ele deverá tomar bastante cuidado ao caminhar pelo local, visto que a largura da trilha é pequena em certos pontos e os fortes ventos podem tornar o passeio bastante perigoso considerando o abismo que se encontra ao lado.

Por sorte não tivemos problemas com relação aos ventos ao passar nesse local, mas durante a trilha encontramos pessoas que relataram momentos de tensão ao passar por essa área, chegando ao ponto de terem que se deitar no chão para não serem levadas pelo vento.

Vale do Rio Ascencio

Vale ressaltar também que nesse trajeto se encontra o desvio para pegar o atalho para o Acampamento Los Cuernos. Como o próprio nome diz, esse atalho é uma forma de encurtar o caminho desde a trilha do Mirante Las Torres até o Vale do Francês e por isso não faz parte oficialmente do Circuito W.

Atalho para o Refúgio Los Cuernos

Parte 2: Refúgio Chileno ao Mirante Las Torres

Após uma parada para repor as energias no Acampamento Chileno, prosseguimos na trilha com destino ao Mirante Las Torres.

A trilha avança por dentro de um bosque a partir do Acampamento Chileno e segue sem grandes dificuldades, visto que não há grandes desníveis no caminho até a chegada do Acampamento Torres.

Placa próxima ao Acampamento Torres

Para chegar do Acampamento Torres ao Mirante Las Torres, prepare-se para uma forte subida em meio a um terreno muitas vezes traiçoeiro e que tende a ficar ainda mais perigoso em situações como a que tivemos que enfrentar: neve caindo sem dar trégua e se acumulando cada vez mais na trilha.

Bosque no caminho ao Mirante Las TorresVegetação branca pela neve

Como se observa nas fotos, o clima estava péssimo no dia que fizemos essa trilha: o frio era cada vez maior, a neve só aumentava com a proximidade do mirante e a visibilidade era mínima.

Como era esperado devido as condições climáticas, a vista que obtivemos no Mirante Las Torres foi na verdade de uma grande névoa. Em momento algum era possível avistar as Torres del Paine e, dessa forma, o máximo que se enxergava era a placa indicando o ponto onde seria o mirante e o lago formado pelo degelo.

Mirante Las Torres

A dica que deixo para àqueles que desejam conhecer esse maravilhoso Parque Nacional é decidir qual o sentido do Circuito W irão realizar apenas quando chegarem ao PN Torres del Paine.

Caso o dia esteja nublado, realizem o Circuito W no sentido inverso começando pelo Lago Grey, já que depois você terá uma nova oportunidade de avistar as Torres del Paine numa condição melhor.

No entanto, se o dia de chegada ao Parque estiver com o céu limpo, comece o Circuito W pelo sentido tradicional para avistar as Torres del Paine em sua plenitude logo nesse primeiro dia (como é possível ver nas fotos abaixo).

Torres del Paine Creative Commons License Crédito: Chadica

Torres del Paine CC License Crédito: MiguelVieira 

Uma outra dica é dormir no Acampamento Torres e depois subir ao mirante de madrugada para ver as Torres ao amanhecer. Apesar das dificuldades em ter que acordar muito cedo e fazer quase 1 hora de trilha na escuridão até chegar ao mirante, saiba que isso será recompensado com uma bela vista das Torres del Paine alaranjadas pelos primeiros raios solares que as atingem.

Trilha Cuernos – Torres: 4º dia do Circuito W

Trilha realizada no dia 07/12/2010

A expectativa para o penúltimo dia do Circuito W em Torres del Paine era de um dia semelhante ao 2º dia de caminhada: uma trilha com uma distância curta e com poucos desníveis, mas em troca muito esforço físico para carregar o mochilão durante todo o trajeto de mais de 11 km que separam o Refúgio Cuernos do Torres.

Vista dos Cuernos desde o Refúgio

Após tomar um café da manhã reforçado com uma bela vista para os Cuernos del Paine, foi chegada a hora de pegar novamente o mochilão e partir para realizar mais 4 a 5 horas de trilha desse penúltimo trecho do Circuito W.

Grande parte dessa trilha é realizada mais uma vez às margens do Lago Nordenskjöld, o que proporciona um encanto a mais durante a caminhada graças a beleza das águas de degelo do lago cercado por montanhas com picos nevados.

Lago Nordenskjöld

Ao contrário do que acontece nos percursos do Lago Grey ou do Vale do Francês, um ponto positivo nessa trilha do Parque Nacional Torres del Paine é que existem várias placas indicativas ao longo do caminho com informações de altimetria, distância percorrida até o momento e quanto falta a ser percorrido para a próxima marcação.

Pode parecer algo simples, mas esse tipo de informação ajuda muito aos caminhantes para que esses tenham uma ideia melhor a respeito do percurso a ser vencido, como também auxilia na força motivacional já que vencer vários pequenos trechos é mais fácil do que simplesmente pensar em um longo caminho (o famoso dividir para conquistar!).

1ª Placa indicativa e ponto mais alto durante a trilha

Um outro ponto muito questionado por quem realiza o Circuito W é se vale a pena utilizar-se do atalho do Refúgio Chileno e se existe uma boa indicação, já que a trilha desse atalho não é a oficial do Parque Nacional Torres del Paine.

Por não ter cortado caminho através desse atalho, posso afirmar que quem deseja utilizar o atalho não perderá nenhuma atração impactante (talvez até tenha vistas melhores nesse trecho já que o atalho possui grande desnível comparado ao caminho tradicional). Além disso, a sinalização do atalho é clara em ambas as extremidades desse atalho.

Início do atalho que leva ao Refúgio Chileno com vista ao Monte Almirante Nieto

Em resumo, serão vários quilômetros de trilhas margeando o Lago Nordenskjöld e com vistas maravilhosas do Monte Almirante Nieto, mas no geral, essa trilha serve mais como uma ligação entre 2 trilhas lindas (a do Vale do Francês e a da Torres del Paine) do que um caminho que se caracterize como ponto alto da viagem (mas já que há a necessidade de atravessá-la, porque não aproveitar e apreciar as paisagens também né?).

Lagoa no fim da trilha e vista do Lago Nordenskjöld ao fundo

Trilha ao Vale do Francês: 3º dia do Circuito W

Trilha realizada no dia 06/12/2010

Após um dia de caminhada no qual o maior desafio foi carregar uma mochila cargueira nas costas, já que a trilha do Acampamento Pehoé ao Cuernos era relativamente fácil, chegou o momento de realizar a trilha mais complexa dentre todos os 5 dias do Circuito W no Parque Nacional Torres del Paine na Patagônia Chilena.

A distância total desde o Refúgio Cuernos até o Mirante do Vale do Francês é de 13 km e, considerando que foi feito um bate-volta, o total percorrido no dia foi de 26 km.

Além disso, para complicar ainda mais a trilha, o Acampamento Italiano possui um desnível até o Mirante do Vale do Francês de 1.000 metros. Portanto, é necessário um grande preparo físico para aguentar a subida até a chegada ao Mirante e aguentar firme o impacto nos joelhos na volta devido a descida até o Acampamento Italiano.

Parte 1: Acampamento Cuernos ao Italiano

A primeira parte da caminhada serve quase como um aquecimento visto que essa trilha já havia sido feita no dia anterior. São 5,5 km de uma trilha em terreno com poucos desníveis e que nos brinda com a bela vista do Lago Nordenskjöld.

Lago Nordenskjöld

Como o foco principal nesse dia era o Vale do Francês e considerando que a caminhada seria longa, esse trecho foi feito rapidamente. No entanto, vale a pena parar em certos pontos para apreciar as incríveis paisagens ao longo dessa trilha. Mais detalhes desse trecho também podem ser vistos no relato do 2º dia do Circuito W.

Parte 2: Acampamento Italiano ao Britânico

A subida desde o Acampamento Italiano até o Britânico é sem dúvida a parte mais difícil a ser superada nesse 3º dia de trilha no Circuito W em Torres del Paine.

No total são apenas 5,5 km de distância como na Parte 1, no entanto a dificuldade desse trecho é bem maior, fazendo com que a trilha demore quase o dobro do tempo.

Acampamento Britânico

O início da trilha é pesado, sendo que se realiza praticamente uma “escalaminhada” entre pedras durante quase 1 hora. E como a caminhada se realiza entre pedras, para demarcar um caminho nesse local foi adotada uma técnica de amarrar fitas rosas nas pedras ou em galhos de árvores espalhados pelo trajeto.

A primeira grande atração durante a subida pelo vale é a vista do Glaciar do Francês. Apesar de ser bem menor comparado ao Glaciar Grey, o Glaciar do Francês impacta pela forma que se incorpora a paisagem do Cerro Paine Grande.

Glaciar do Francês

A subida parecia não ter fim e a cada novo passo dado, mais distante se podia ver e apreciar a beleza do Lago Nordenskjöld, assim como o tanto que já havia sido superado da trilha até o objetivo final que seria o Mirante.

Vista do Lago Nordenskjöld na subida ao Vale do Francês

Parte 3: Acampamento Britânico ao Mirante

Após uma parada para repor as energias no Acampamento Britânico, começamos a subida final até o Mirante do Vale do Francês.

São apenas 2 km que separam o Acampamento Britânico do Mirante e apesar da precária estrutura desse acampamento, muitas pessoas passam a noite nesse local justamente para poder observar o nascer ou o pôr do sol no mirante que se encontra a meia hora do acampamento.

Mirante do Vale do Francês

Chegar ao mirante é o último obstáculo dessa subida que ultrapassa os 1.000 metros de altitude, e a recompensa é um visual dos mais incríveis que a natureza pode proporcionar.

A primeira reação ao chegar no mirante é olhar para trás e se sentir realizado em ter chegado tão longe e tão alto. Desde o mirante é possível observar toda a beleza do Vale do Francês que foi percorrido por quase 10 km de uma dura subida.

Vista do Vale do Francês desde o Mirante

Mas o visual desde o mirante não se resume ao Vale do Francês. Desde o mirante é possível avistar uma imensa cadeia de montanhas que cerca todo o vale.

À direita de quem chega ao mirante é possível apreciar as montanhas que vão desde os famosos Cuernos del Paine e que se estendem pelos Cerros Máscara, Hoja e Espada.

Cerro Espada, Cerro Hoja, Cerro Máscara e Cuerno Norte

Já à esquerda de quem chega ao mirante é possível observar uma grande quantidade de montanhas, começando pelos Cerros Fortaleza e Escudo, passando pelos Cerros Cabeza del Índio e Aleta de Tiburón, e terminando nos Cerros Catedral e Castillo.

Cadeia de Montanhas vista desde o Mirante

Vale muito a pena ficar pelo menos 1 hora nesse mirante para admirar essa paisagem única que tive a sorte de ver in loco num belo dia de primavera, apesar das nuvens carregadas que se aproximavam rapidamente da região pouco antes do regresso a trilha com destino ao Refúgio Cuernos.

Trilha Pehoé – Cuernos: 2º dia do Circuito W

Trilha realizada no dia 05/12/2010

Após um longo primeiro dia de caminhada que incluiu visita ao Salto Grande, travessia de catamarã pelo Lago Pehoé, além  de uma caminhada de 22 km pela trilha Pehoé-Grey, chegou a hora de realizar a segunda etapa do Circuito W.

Muitos realizam o caminho entre os Refúgios Pehoé e Cuernos conjugado com a subida ao Vale Francês, cujo ponto inicial se encontra no meio do caminho desses 2 refúgios. No entanto, preferimos realizar esse trajeto com mais calma e assim, realizamos a caminhada com mochilão nas costas nesse segundo dia até o Refúgio Cuernos e no outro dia fizemos a subida ao Vale Francês.

Parte 1: Acampamento Pehoé ao Italiano

Essa primeira etapa entre o refúgio e acampamento Pehoé até o acampamento Italiano tem uma distância total de 7,6 km, com uma duração estimada de 2 horas.

Cerro Paine Grande

No geral, esse caminho é bastante fácil já que a trilha é bem demarcada e plana em quase toda sua extensão.

Ao longo do caminho é possível observar a todo momento o imponente Cerro Paine Grande de um lado, enquanto do outro lado a principal atração da trilha é a presença do Lago Skottsberg durante boa parte do percurso.

Acampamento Italiano

A chegada ao acampamento Italiano é um bom marco independente do objetivo que se tenha durante o trekking.

Chegar ao acampamento italiano foi como alcançar o primeiro objetivo de tantos outros que alcancei durante o Circuito W em Torres del Paine. Não que o primeiro dia havia sido fácil, mas era a primeira vez que eu realizava um trekking com uma mochila cargueira nas costas e isso é um desafio imenso para qualquer pessoa e não foi diferente no meu caso.

Placa informativa na trilha

Placas indicativas no Acampamento Italiano

Parte 2: Acampamento Italiano ao Cuernos

A parte final do trekking nesse segundo dia possui uma distância de 5,5 km e, apesar desse caminho ter 2 km a menos que a primeira parte, a estimativa de duração desse trajeto é de 2 horas e meia.

Arco-íris no Lago Nordenskjöld

O ponto alto desse trajeto é caminhar admirando o Lago Nordenskjöld que chega a desconcentrar os caminhantes com suas águas verde esmeralda.

Outro fator importante nessa área é a presença de fortes ventos. Apesar de perigosos, esses ventos acabam gerando belos espetáculos da natureza como o que pode ser visto na foto do arco-íris acima, onde a ação do vento é tão forte que chega a levantar uma fumaça de água no Lago Nordenskjöld.

Lago Nordenskjöld

E se você ainda não está acreditando no poder do vento patagônico, saiba que em diversos momentos durante o trekking ocorrem rajadas tão fortes de vento que obrigam as pessoas a segurarem em uma árvore ou até mesmo deitarem no solo para não serem carregadas pelo vento.

No entanto, mesmo seguindo a risca essas dicas, houve um momento que fui pego de surpresa com uma rajada de vento que nem com a ajuda do bastão de trekking consegui me manter em pé e fui praticamente arremessado ao chão pelo vento. Por sorte, o local não era uma área arriscada e consegui cair de uma forma a não me machucar.

Praia de pedras do Lago Nordenskjöld

Após o susto, a trilha segue e quase chegando ao Refúgio Cuernos, o caminho nos leva a passar por uma espécie de praia de pedras que forma um lindo visual para apreciar a paisagem, além é claro de ser um ótimo ponto para descansar e recarregar o squeeze com água pura e gelada do Lago Nordenskjöld.

Trilha Pehoé - Grey: 1º dia do Circuito W

Trilha realizada no dia 04/12/2010

A trilha do lago Pehoé ao acampamento Grey costuma ser a perna final do Circuito W tradicional no Parque Nacional Torres del Paine na Patagônia Chilena. No entanto, após ler algumas dicas que aconselhavam inverter a realização do Circuito W, decidimos começar o trekking por essa trilha.

Placa indicando início da trilha Pehoé-Grey com o Cerro Paine Grande ao fundo

Ao começar o Circuito W dessa forma, a melhor maneira de chegar ao ponto inicial do trekking é atravessar o Lago Pehoé de catamarã até o acampamento Paine Grande.

A trilha entre os 2 refúgios tem um percurso total de 11 km e é estimado um tempo de 3,5 horas para percorrer cada trecho. Como em quase todas as trilhas do Parque Nacional Torres del Paine, essa trilha possui um caminho muito bem demarcado apesar da ausência de placas informativas ao longo da trilha.

Vista da montanha Punta Bariloche do Cerro Paine Grande durante a trilha Pehoé-GreyRiacho na trilha Pehoé-Grey

Para aqueles que não possuem um GPS para ajudar na sua localização ao longo da trilha, a melhor forma que vejo para identificar sua posição e, dessa forma, controlar melhor o seu tempo de caminhada, é dividir a trilha em 3 partes.

Parte 1: Refúgio Paine Grande a Laguna de los Patos

A caminhada do Refúgio Paine Grande até a Laguna de los Patos corresponde a mais ou menos 25% do total da trilha entre os Refúgios Paine Grande e Grey.

Ao longo desse primeiro trajeto da trilha, a paisagem se compõe basicamente de vários montes cobertos por uma vegetação rasteira, além da presença de algumas flores típicas da região.

Trilha entre o acampamento Paine Grande e Grey

Ao se aproximar da Laguna de los Patos, logo se nota o aumento da força dos ventos já que a área é mais descampada. Inclusive, é possível notar na foto abaixo da lagoa como as árvores se desenvolvem apenas para um dos lados devido a incrível força dos ventos patagônicos.

Laguna de los Patos

Essa lagoa é um bom marco pois será a primeira e única lagoa ao longo de toda a trilha. Além disso, por não possuir origem de degelo, as águas da Laguna de los Patos possuem uma coloração mais próxima das águas que todos estão acostumados a ver na maioria das lagoas.

Parte 2: Laguna de los Patos ao Mirante

Assim como na primeira parte, a caminhada da Laguna de los Patos até o 1º Mirante do Glaciar Grey corresponde a aproximadamente 25% do caminho total a ser percorrido. Logo, esse mirante é um ótimo marco já que se encontra no meio do caminho entre os Refúgios Paine Grande e Grey.

Apesar da paisagem não modificar radicalmente após passar pela Laguna de los Patos, uma grande diferença nesse trajeto será a presença constante do Lago Grey.

Lago Grey

O Lago Grey é mais um dos lagos do Parque Nacional Torres del Paine que possui águas provenientes do degelo de um Glaciar. Além disso, também é possível avistar ao longo do lago diversos icebergs que se desprendem do Glaciar Grey.

Como possui minerais que se decompõem no degelo do Glaciar Grey, a água do Lago Grey é conhecida como “leche glaciar” (leite das geleiras) e a coloração de suas água é bem menos impactante que a encontrada em outros lagos do Parque Nacional Torres del Paine (como se encontra no Lago Pehoé, por exemplo).

Mirante do Glaciar Grey

Ponto final dessa parte, o mirante é um local desde onde se avista a ponta do Glaciar Grey com suas 3 “pernas” que se formam devido a presença de 2 ilhotas no meio do lago.

Parte 3: Mirante ao Refúgio Grey

Como dito anteriormente, o Mirante se encontra na metade do caminho, portanto saiba que ao chegar no mirante ainda restará pelo menos mais uns 5 a 6 km de trilha que levarão entre 1,5 a 2 horas dependendo do ritmo de cada pessoa.

Nessa segunda metade, a trilha continua margeando o Lago Grey e a cada passo será possível ver o Glaciar Grey se engrandecendo na paisagem.

Glaciar Grey

Quando finalmente chegar ao local onde está o refúgio e o acampamento Grey, deve-se continuar caminhando por mais algum tempo até o local onde se encontra um mirante onde é possível ver de um lado o Glaciar Grey (foto acima) e do outro lado ter a vista da cadeia de montanhas conhecida como Cordón Olguín (foto abaixo).

Cordón Olguín

Apesar desse mirante ser considerado ponto final dessa perna do Circuito W, muitas pessoas estendem a caminhada por mais uns 4 km até o acampamento Los Guardas para ter uma visão ainda mais próxima do Glaciar Grey.

Lago Pehoé – Torres del Paine

Passeio realizado no dia 04/12/2010

Alimentado pelas águas que caem do Salto Grande, o Lago Pehoé se localiza no centro do Parque Nacional Torres del Paine e se situa entre os lagos Sarmiento, Nordenskjöld, Grey e Toro. A origem do nome Pehoé vem do idioma indígena tehuelche que significa escondido.

Apesar de não emoldurar a paisagem dos amantes do trekking durante a maior parte do tempo como acontece com os lagos Grey e Nordenskjöld, o lago Pehoé é passagem quase obrigatória para quem realiza o circuito W, além de ser a forma mais fácil e agradável de chegar e sair do setor Paine Grande.

Vista do Lago Pehoé e da Guarderia Pudeto desde a trilha que leva ao Salto Grande

O principal motivo desse lago ser tão conhecido e famoso por grande parte das pessoas que visitam Torres del Paine é o fato de que a Guarderia Pudeto, localizada às margens do lago Pehoé, é um dos pontos de desembarque de passageiros que chegam a Torres del Paine de ônibus desde a cidade de Puerto Natales.

Além disso, como a Guarderia Pudeto se encontra às margens desse lago, é nesse local que se localiza também o embarque e desembarque no catamarã que realiza a travessia pelo lago Pehoé em direção ao setor Paine Grande.

Lago Pehoé e o catamarã que realiza a travessia

Apesar de ser utilizada como um meio de transporte, a travessia de catamarã pelo lago Pehoé nos brinda com paisagens tão lindas que é impossível não classificar essa locomoção como mais uma das várias atrações turísticas de Torres del Paine.

Além da sensação incrível de navegar por um lago com águas de uma coloração verde hipnotizante, a travessia pelo lago Pehoé ainda nos oferece belas vistas do Parque Nacional como a da foto abaixo da cadeia montanhosa Cuernos del Paine.

Vista dos Cuernos del Paine durante a travessia do Lago Pehoé

A travessia de catamarã pelo Lago Pehoé leva uns 30 minutos e é realizada todos os dias pela empresa Hielos Patagónicos durante a alta estação. Para maiores informações, acesse o site oficial do Parque Nacional Torres del Paine.

Vista do Lago Pehoé desde o Campamento Paine Grande

Salto Grande – Torres del Paine

Passeio realizado dia 04/12/2010

Desconsiderando as já incríveis vistas do Parque Nacional Torres del Paine que se obtém desde o ônibus, o Salto Grande foi a primeira grande atração do passeio.

Se a intenção é fazer o circuito W invertido, o Salto Grande é uma ótima atração a ser visitada antes de embarcar no catamarã que fará a travessia do Lago Pehoé, já que se encontra a apenas 10 minutos de caminhada desde a Guarderia Pudeto que é a penúltima parada do ônibus dentro do Parque Nacional Torres del Paine.

Salto Grande

A água que flui com grande força pelo Salto Grande em direção ao Lago Pehoé se origina no Lago Nordenskjöld. Esse lago é alimentado pelo Rio Paine que, por sua vez, nasce do degelo do Glaciar Dickson.

As águas do Salto Grande apresentam essa coloração verde hipnotizante devido a grande presença de mineiras das rochas do Glaciar Dickson que são levados pela água de degelo.

Após a queda, água corre em direção ao Lago Pehoé

Uma curiosidade triste sobre essa incrível queda d'água é que ela desaparecerá no futuro. Estudiosos chegaram a essa conclusão pois existem 2 tipos de rochas que compõem a base desse salto, sendo uma rocha dura na parte alta e uma rocha mais fraca na parte baixa, como pode ser visto na foto abaixo de uma das placas presentes no Salto Grande.

Devido a zona de turbulência no local onde ocorre a queda d'água, a rocha vai se deteriorando e sendo levada pela água pouco a pouco, diminuindo assim a altura do Salto Grande até ficar numa altura na qual a queda será tão pequena que se tornará no máximo um Salto Chico.

Placa informando o futuro do Salto Grande

O Salto Grande é um dos melhores lugares para se conhecer dentro do Parque Nacional Torres del Paine e, caso possua mais tempo, vale a pena aproveitar e caminhar um pouco mais até o Mirador Los Cuernos que fica a 1 hora do Salto Grande e possui uma incrível vista do Lago Nordenskjöld com os Cuernos del Paine ao fundo.

Viagem a Patagônia Austral Chilena e Argentina

No final do ano de 2010, realizei junto com mais 2 amigos uma viagem a Patagônia Austral, ou seja, o extremo sul da região patagônica do Chile e da Argentina.

Cone Sul da América do Sul com destaque para área da Patagônia Austral vista em zoom no mapa ao ladoPatagônia Austral com marcação das cidades visitadas

O roteiro da viagem segue abaixo e assim que cada post for criado, esse será linkado abaixo para organizar e facilitar a busca.

Ushuaia

Dia 1 – Museu do Presídio e Marítimo

Dia 2 – Glaciar Martial + Navegação pelo Canal de Beagle

Dia 3 – Parque Nacional Tierra del Fuego: Senda Costera + Circuito Lapataia

Dia 4 – Lagos Escondido e Fagnano

Extra – Resumo de Ushuaia

Punta Arenas

Dia 1 – Isla Magdalena

Extra – Estreito de Magalhães e a chegando a Punta Arenas

Extra – Resumo de Punta Arenas

Puerto Natales

Dia 1 – Preparação para Torres del Paine

Torres del Paine

Circuito W

Dia 1 – Salto Grande + Lago Pehoé + Paine Grande – Grey – Paine Grande

Dia 2 – Paine Grande – Italiano – Los Cuernos

Dia 3 – Los Cuernos – Italiano  – Mirador Francês – Italiano – Los Cuernos

Dia 4 – Los Cuernos – Las Torres

Dia 5 – Las Torres – Chileno – Mirador Las Torres – Chileno – Las Torres

El Calafate

Dia 1 – Laguna Nimez

Dia 2 – Navegação Todos los Glaciares

Dia 3 – Trilha no Glaciar Perito Moreno ("Big Ice")

El Chaltén

Dia 1 – Trilha da Laguna Torre

Dia 2 – Trilha da Laguna de los Tres + Laguna Capri e Mirador Fitz Roy

Dia 3 – Trilha da Loma del Pliegue Tumbado

Dia 4 – Lago do Deserto + Glaciar Huemul + Trilha Las Águilas e Los Cóndores

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